O que se sabe sobre a aterragem que matou…
O instrutor e o aluno que tripulavam a aeronave cuja aterragem matou duas pessoas na Costa de Caparica estão hoje ouvidos pelo Ministério Público, no Tribunal de Almada. Chegaram acompanhados pelo advogado e não quiseram prestar declarações aos jornalistas.
Ontem, foi-lhes decretado o termo de identidade e residência. Podem ser acusados de homicídio por negligência, caso não consigam provar que não podiam aterrar noutro local que o areal, repleto de pessoas.
A aterragem de emergência ocorreu no areal da praia de São João, junto ao mar, entre os restaurantes Bicho d’Água e Leblon. Já estão a decorrer duas investigações: a do Ministério Público e a do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves. Os tripulantes já foram ouvidos pela Polícia Marítima.
Além dos dois mortos, uma menina de oito anos e um homem de 56, uma mulher ficou ferida sem gravidade.
A avioneta, um Cessna 152, estava a fazer um voo de treino entre Cascais e Évora. O instrutor tem, segundo a escola de aviação Aerocondor, em que trabalha, “elevada experiência e milhares de horas de pilotagem”. O aparelho tinha sido cedido à escola pelo Aeroclube de Torres Vedras, que garante que estava em perfeitas condições técnicas.
Nas comunicações entre o piloto e a torre de controlo de Cascais, a tripulação assumiu “falhas no motor” e alertou para necessidade de “aterrar na praia”, às 16h51. Após a aterragem, os banhistas que se encontravam na praia quiseram agredir a tripulação.
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