Talentos no palco e competição nas ondas

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Talentos no palco e competição nas ondas

Guitarras e baterias, vozes e ritmos, melodias e diferentes formas de transmitir emoções e sentimentos são um resumo do que vai acontecer no Caparica Primavera Surf Fest. Arranca a 24 de março

“A música tem em comum com a água o facto de nunca estar parada, de estar sempre a fluir e a evoluir.” É desta forma que o Caparica Surf Fest se apresenta ao público, garantindo a boa onda que se tem mantido através dos anos, com espaço para os clássicos na música, mas também para a reinvenção, a mudança e a evolução. “É o que nos faz estar sempre a regressar à frente do palco para perceber o que andam a fazer os nossos músicos favoritos.”

O segundo fim de semana de concertos no Caparica Primavera Surf Fest promete muitas novidades, surpresas e estreias com Dead Combo, o “estreante” Poli e Bateu Matou a fazerem abalar as estruturas do palco. Os Dead Combo de Pedro Gonçalves e Tó Trips vão ter um novo álbum em 2018 e prometem novo material em breve em cima dos palcos, pelo que apanhá-los no Caparica Primavera Surf Fest poderá ser uma excelente oportunidade de antecipar o futuro imediato de uma das mais originais bandas portuguesas do presente, capazes de pegar na história do rock, na música para cinema e nas marcas únicas de Lisboa para criarem uma banda sonora que se dá bem com o mar, com as cidades portuárias, com o peixe e com a noite.

Quanto à nova proposta do rock português, Poli, é apresentada por um muito aplaudido veterano, até agora conhecido como Sam Alone – com um percurso que passou pelo punk, hardcore e metal, que agora, apesar de manter a matriz de rock clássico, lhe injeta “o sentir português, puxando para o seu caldeirão de influências a marca de gente como António Variações, Jorge Palma ou até Halloween”. Com um álbum produzido por Kalu dos Xutos & Pontapés, pronto a sair, Poli não esconde a sua vontade de mostrar as novidades em palco: “Estas canções que tenho para mostrar mostram um novo lado, mas ao mesmo tempo são o que eu sempre fui”, explica o músico e autor. “Fiz um concerto recente em que tive ao meu lado o Dino D”Santiago, com quem andei na escola, o Allen Halloween, que é uma referência, e o Frankie Chavez, amigo de há muito tempo. Espero conseguir assinar um momento assim também no Caparica Primavera Surf Fest, num concerto em que sei que vou ter muitos amigos da zona a ver-me”.

Por fim, Bateu Matou junta três grandes bateristas numa novíssima e diferente proposta musical, o projeto de Joaquim Albergaria (dos Paus), de Ivo Costa (de Batida e Sara Tavares) e de Riot (dos Buraka Som Sistema), habituados a impor diferentes ritmos a diferentes públicos. “Vamos ser três bateristas loucos em palco a tocar sobre um background eletrónico”, promete-nos Riot. “E os nossos concertos variam sempre: estamos agora a acabar um set de funk, mas o concerto do Caparica Primavera Surf Fest vai ver-nos a ir de uma ponta à outra do espectro musical. Vai ser assim uma horinha de música que passa por todos os estilos com três malucos em cima do palco”.

Lugar ao desporto

É difícil recordar um ano em que o título nacional de bodyboard tenha sido tão disputado, como aquele que arrancará nos dias 24 e 25 de março, no Caparica Primavera Surf Fest 2018. O campeão nacional Daniel Fonseca rompeu, em 2017, a hegemonia bipartida de Manuel Centeno e Hugo Pinheiro, os dois homens que dominaram o Nacional na última década. Este ano, além de Daniel Fonseca, voltam à carga os jovens valores nazarenos Tó Cardoso e Dino Carmo, numa corrida pelo título que se adivinha renhida. O favorito caseiro é Hugo Pinheiro, de 36 anos, mas terá concorrência fortíssima.

“Fico feliz que assim seja, pois mostra a vitalidade do bodyboard nacional, que conta também, pela primeira vez na sua história com uma campeã do Mundo, a Joana Schenker. O bodyboard em Portugal está de boa saúde”, congratula-se Hugo Pinheiro. E, de facto, no feminino, Joana Schenker é a superfavorita. Venceu todas as 3 edições do Nacional no Caparica Bodyboard Surf Fest e é a campeã europeia e mundial em título. Terá pela frente a rival Teresa Almeida e as jovens Teresa e Madalena Padrela, duas irmãs muito talentosas e treinadas pela lenda do bodyboard nacional, Catarina Sousa.

Também nestas ondas marca presença Rui Fialho, de 46 anos, para reconquistar o título nacional de SUP wave, que já foi seu em 2015 e fugir à série de segundos lugares que caracterizam o seu percurso nos últimos anos. Por ser local da Caparica, coloca a etapa do Caparica Primavera Surf Fest, que decorre dia 31 de março, praticamente no mesmo plano: “É a etapa mais especial para mim. As outras etapas são para o título, mas tenho este carinho especial pelas minhas praias e queria ganhar aqui, o que nunca consegui, nem no ano em que fui campeão. E ainda por cima foi quase sempre a etapa com as melhores ondas, a par da Nazaré.”

Na Caparica, quase todos os nacionais das modalidades consagradas na Federação Portuguesa de Surf marcarão presença, com o Bodyboard, o Sup Wave e SUP race e Longboard. Fica de fora apenas o skimboard, por questões técnicas relacionadas com o tipo de onda exigido para a modalidade, mas far-se-á representar por um evento de exibição que recorrerá a um guincho com motor que puxará os skimboarders para as ondas. Também em exibição, estarão presentes o Kite Surf, o Kayak Surf, o Windsurf e o Bodysurf. Este último é uma iniciativa da marca Ahua em articulação com o Desporto Escolar. A ATM SurfBoards é uma das empresas presentes no Caparica Primavera Surf Fest com um stand próprio. Fábrica de shape fundada em 2002 por Carlos Martins, a ATM especializou-se em reparações, sendo uma referência absoluta neste capítulo na Caparica.

O Stand Up Paddle (SUP) é uma modalidade em grande expansão mundial e desde 2013 tem na escola Stand Up Friend uma embaixada de mérito na Caparica. Representada por Carlos Lobo, a Stand Up Friend Paddle dá tours um pouco por todo o concelho de Almada e Setúbal, mas concentra as suas aulas na Praia do Dragão e Cova do Vapor, na Caparica. Tem também uma componente social importante, organizando uma vez por ano a “remada por uma boa causa”, em que oferece uma aula grátis e faz limpeza de praia em parceria com outras associações do concelho de Almada.

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